Quem
vê Barbara Eckonen passar de bicicleta pelo calçadão de Pompano Beach,
na Flórida (EUA), usando shorts branco e biquíni cortininha, exibindo
confiante um piercing na barriga, não imagina que, dois anos antes, ela
se escondia em bermudas e camisetas largas.
“Quando
andei de bicicleta sem camiseta, só de top, pela primeira vez, fiquei
tão feliz, que liguei para minha mãe no Brasil e chorei de emoção.”,
relata.
A
confissão parece estranha para uma morena de 26 anos, 55 quilos, 1,68m
de altura, barriga tanquinho, pernas torneadas e, hoje, personal trainer
de uma academia nos Estados Unidos. No entanto, a silhueta enxuta que
Barbara exibe agora foi conquistada há apenas um ano, depois de 12 meses
de trabalho intenso na academia e reeducação alimentar radical. Com a
mudança no estilo de vida, ela deixou para trás 20 quilos, diz que se
sente mais feliz e que até a pele e o cabelo melhoraram.
Boa
parte do mérito é de Troy, 44 anos, fisiculturista e marido de Barbara.
Apesar dele nunca ter dito nada sobre o peso da namorada (quando se
conheceram, ela pesava 75kg), namorar o dono de uma academia sem ter um
corpo em forma era difícil.
“Eu
me sentia muito insegura. Ele sempre foi musculoso e as pessoas
comentavam ‘o que ele está fazendo com essa gordinha?’”, conta. “Ficava
muito mal.”
Aos
poucos, com paciência, Troy foi ajudando a namorada. Primeiro, ele
ligava em casa para acordá-la mais cedo. Depois, saía com ela para andar
de bicicleta três vezes por semana. “Eu tinha uma vida muito
sedentária. Dormia até 11h todo dia e quase não me mexia. Ele me levava
para andar de bicicleta, passei a me exercitar sem perceber”, relata.
O
segundo passo foi começar a frequentar a academia do marido, como
aluna. O treino inicial foi baseado em atividades cardiovasculares, como
caminhada ou elíptico, 30 minutos, três vezes por semana. Depois, foram
incorporadas aulas de step e musculação até gradualmente chegar ao
treino diário em circuito.
“No começo, foi difícil. Mas o que era um esforço foi se tornando um hábito”, afirma.
Atualmente,
ela faz 45 minutos de aeróbio, divididos entre três ou quatro
quiilômetros de corrida e elíptico, além de seis exercícios diferentes
alternados para cada grupo muscular. (Confira o treino e o cardápio de Barbara).
Antes e Depois
Adeus, pão francês
Mas
a mudança mais radical ficou a cargo da alimentação. Na casa de Troy,
há alguns anos, sal, açúcar e gordura não entram. Barbara, que vivia à
base de sorvete, fritura e pão francês, se viu obrigada a abandonar
esses alimentos. O café da manhã era ignorado e a curitibana partia
direto para o almoço.
“A
primeira vez que fui cozinhar liguei para minha mãe, desesperada,
porque não tinha sal”, conta, rindo. “Nem açúcar”, completa.
Com
a ajuda do marido, ela aprendeu a usar pimenta, alecrim e outros
temperos para dar sabor à comida. Passou a comer de três em três horas –
num total de cinco ou seis refeições por dia – e aboliu o trigo branco
do cardápio.
“Eu
não passo fome, mas diminuí muito a quantidade. Um prato que eu comia
no almoço, antigamente, hoje seria o equivalente a três refeições”,
compara.
No
café da manhã, ela toma um shake de proteína com banana e come uma
omelete feita com quatro claras de ovos e uma torrada. No almoço, peito
de frango ou peixe grelhados com aspargos e arroz integral. Para não
errar na medida, Barbara tem uma fórmula.
“A carne tem que ser do tamanho da mão aberta, a porção de arroz deve ser do tamanho da mão fechada em concha”, indica.
Entre
as refeições, seus lanches prediletos são queijo cottage com morango ou
iogurte com fruta. Na cozinha, só entram produtos naturais. O azeite,
quando utilizado, é aplicado em spray. Barbara também evita queijos. “O
segredo da barriga lisa é a alimentação. Se como queijo, por exemplo,
ela estufa e já vejo diferença.”
A
hidratação também melhorou. Sucos e refrigerantes foram substituídos
por água, 3 litros diariamente. “Isso ajuda a enganar o organismo e ele
sente menos fome.”
Antes e Depois
A mudança
As
novas medidas começaram a aparecer 21 dias depois, o que trouxe ânimo e
motivação para continuar. “Eu já havia feito academia, tomado remédio,
seguido dietas milagrosas. Mas pela primeira vez estava conseguindo
emagrecer.”
Passados
os primeiros três meses, calças e blusas ficaram largas. Ao ver que
tanto empenho estava dando resultado, se dedicou mais à malhação. O
interesse foi tanto que Barbara se inscreveu em um curso
profissionalizante de personal trainer.
“Aprendi sobre os aparelhos, sobre nutrição e resolvi virar profissional na área.”
Diploma
em mãos, autoconfiante com o novo corpo e tirando vantagem da genética,
Barbara se inscreveu em um campeonato de fitness, desfilou de biquíni
para uma plateia lotada e já ganhou o segundo lugar no circuito
estadual.
Antes e Depois
“Mesmo
malhando, as americanas não conseguem ficar com o bumbum e quadril
grandes. A estrutura brasileira me dá vantagem nas competições”, avalia.
Ela se orgulha em dizer que emagreceu sem medicamentos, sem tratamentos
estéticos e sem cirurgia. “A única coisa que eu fiz foi colocar
silicone, depois que já estava magra”, confidencia.
A
perceptível melhora da pele e do cabelo ela também credita à combinação
de exercício e alimentação. “Eu tinha muita celulite e vi uma melhora
considerável”, diz. Barbara não faz tratamentos estéticos nos Estados
Unidos, prefere os profissionais brasileiros. Por isso, só faz limpeza
de pele e drenagem linfática duas ou três vezes ao ano, quando visita a
família. Em uma de suas estadas pelo país, foi ao casamento da melhor
amiga, onde atraiu olhares incrédulos.
“Foi
ótimo rever os amigos estando melhor do que antes. Muitos não me
reconheciam e vários disseram que eu era outra pessoa. O pessoal foi à
loucura”, relata orgulhosa.
Para
acompanhar a transformação, o armário foi renovado. Camisetas,
bermudas, batas e calças capri deram lugar a vestidos curtos, blusas
justas e decotadas. “Eu adoro me sentir sexy e fiquei muito mais
vaidosa. Tudo o que eu visto fica bom. Quando vou a algum lugar, me
sinto mais confiante e mais à vontade”, afirma. O assédio é encarado com
bom humor por ela e com orgulho pelo marido, que vê nas cantadas
engraçadinhas um reconhecimento ao seu trabalho.
As
roupas velhas, porém, não foram para o lixo. Para não esquecer suas
antigas proporções e ter ainda mais motivação, uma vez por mês ela veste
uma calça que guardou daquela época.
“Gosto de ver o quanto mudei e sentir que consigo chegar onde quero.”
FONTE: Belezafortaleza.blogspot.com.br
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