Um novo estudo oferece mais um motivo para investir no condicionamento físico: diminuir o risco de câncer.
Resultados de uma pesquisa com mais de 17 mil homens nos EUA apontam 
que quem tem um alto nível de condicionamento cardiovascular tem um 
risco menor de ter câncer e morrer da doença.
O benefício independe do IMC (Índice de Massa Corporal), isto é, uma 
pessoa magra que não se exercite tem um risco maior de ter câncer do que
 uma pessoa acima do peso que faça atividades físicas, de acordo com o 
trabalho apresentado no encontro anual da Asco (Sociedade Americana de 
Oncologia Clínica), em Chicago.
Os resultados também levaram em conta tabagismo e idade.
Outros estudos já haviam mostrado que o condicionamento físico é mais 
importante do que o peso para prevenir doenças. Um deles, publicado no 
ano passado no "European Heart Journal", concluiu que obesos 
considerados saudáveis após exames tiveram um risco 38% menor do que os 
não saudáveis de morrer por qualquer causa.
Na nova pesquisa, os participantes fizeram um teste de esforço na 
esteira, usado para prever o risco cardiovascular, por volta dos 50 
anos.
Os pesquisadores seguiram os voluntários por cerca de 20 anos para ver 
quem desenvolveria câncer colorretal, de pulmão e próstata.
Nesse período, 2.885 homens receberam o diagnostico desses tumores 
--347 morreram da doença e outros 159 morreram de problemas 
cardiovasculares.
Ao ligar os dados do teste de esforço com o diagnóstico de câncer, os 
pesquisadores concluíram que os participantes com maior nível de 
condicionamento tinham um risco 68% menor de ter câncer de pulmão e 38% 
menor de ter câncer colorretal do que os mais sedentários.
Não houve diferença no risco de desenvolver a doença na próstata.
Entre os que tiveram câncer, o bom condicionamento físico foi ligado a um risco menor de morte.
Para o oncologista Fábio Kater, responsável pelo centro de oncologia 
clínica do Hospital 9 de Julho e que participa da conferência, já se 
tinha uma ideia de que o exercício poderia ter esse efeito protetor --um
 estudo já havia mostrado que, entre as mulheres, o exercício ajuda a 
prevenir contra o câncer de mama.
"A pesquisa tem um peso grande pelo tamanho da amostra e tempo de 
seguimento. Mudanças no estilo de vida podem ter um grande impacto a 
longo prazo."
Ainda é preciso investigar as razões por trás dessa ligação. A 
oncologista clínica Veridiana Pires de Camargo, do Hospital 
Sírio-Libanês, afirma que algumas hipóteses são a redução da inflamação e
 da gordura, a melhora da imunidade e até a liberação de endorfinas por 
causa dos e exercícios.
FONTE: Jcnet.com.br







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