Equipe de cientistas que descobriu que o DNA conta com uma espécie de relógio biológico que determina o ritmo de envelhecimento de órgãos e outros tecidos do nosso corpo. Pois, segundo o NewScientist,
graças a esse estudo, realizado por cientistas da Universidade da
Califórnia, foi desenvolvido o mais preciso sistema para determinar a
idade de alguém a partir de uma amostra de sangue.
De acordo com a matéria anterior, durante o estudo os pesquisadores
analisaram milhares de amostras de vários tipos de tecidos, dando
especial atenção a um processo natural chamado metilação, no qual ocorre
uma alteração química no DNA. Segundo explicaram, conforme envelhecemos
o padrão dessas alterações químicas vão mudando e, a partir da
avaliação dessas mudanças é possível determinar a idade de alguém com
96% de precisão.
Envelhecimento mamário
Foi através dessas análises que os cientistas perceberam que tecidos e
órgãos envelhecem com ritmos diferentes, e que se estiverem doentes —
com câncer, por exemplo — a velocidade é muito mais rápida. No entanto,
ao estudar as células saudáveis, os pesquisadores observaram que os
seios envelhecem mais depressa do que outras partes do corpo feminino.
Em média, essas estruturas mostraram ter entre 2 e 3 anos mais do que a
idade das mulheres.
Para os cientistas, o ritmo de envelhecimento dos seios provavelmente
se deve à constante exposição dessas estruturas aos hormônios. Aliás,
como o envelhecimento é considerado um fator de risco para o
desenvolvimento do câncer de mama, o estudo sugere que o ritmo acelerado
de envelhecimento desse tecido pode explicar o motivo de esse ser o
tipo de câncer mais comum entre as mulheres.
CSI
Os pesquisadores explicaram que o novo sistema, além de poder ser
empregado para determinar o ritmo de envelhecimento de órgãos e tecidos —
e potencialmente ajudar no diagnóstico de câncer, apontando o
envelhecimento precoce de células através de biópsias —, também pode ser
utilizado pela medicina forense. Como o método funciona com amostras de
sangue, ele pode ser aplicado para revelar a idade de suspeitos, por
exemplo.
O outro sistema em uso para determinar a idade de alguém está baseado
na análise do comprimento dos telômeros — as pontinhas dos cromossomos,
que vão diminuindo como se fossem pavios de velas conforme envelhecemos
—, mas apresenta apenas 53% de precisão. O método desenvolvido agora
está disponível livremente para que outros cientistas possam utilizá-lo,
e a ideia é que as duas técnicas sejam aplicadas em conjunto.
Isso sem contar que o estudo pode ajudar os cientistas a entender o
processo de envelhecimento. Além disso, uma vez os pesquisadores
entendam qual é o papel da metilação no envelhecimento, quem sabe eles
não descubram uma forma de reduzir a velocidade desse processo?
FONTE: Megacurioso.com.br
0 comentários:
Postar um comentário
Para mais informações entre em contato:
acadhemia@gmail.com