DOR E MUSCULAÇÃO: QUAL É A RELAÇÃO?


Primeiro dia de academia. A empolgação é tanta, que geralmente ultrapassamos nossos limites. A consequência vem no dia seguinte, na forma de uma dor muscular terrível. Justamente por demorar de 24 a 48 horas para surgir, essa dor é chamada de dor muscular de início retardado. Mas qual é a razão do surgimento dessa dor?

Há muito tempo procura-se a resposta para essa pergunta e cogitou-se que o acúmulo de lactato (ou ácido lático) no músculo pelo suprimento insuficiente de oxigênio durante o exercício provocaria a dor. No entanto, as evidências atuais mostram que a dor não é ocasionada pelo acúmulo de lactato. Estudos envolvendo microscopia eletrônica revelaram que após uma força mecânica excessiva dos músculos, ocorre lesão tecidual. Isso mesmo, parte das fibras musculares rompem-se.

Ainda não há uma teoria bem estabelecida de como essa dor muscular ocorre e qual a sua explicação fisiológica, mas hipóteses acerca desse assunto foram levantadas. Uma delas, proposta por Armstrong (1984) postula que as contrações musculares em excesso ocasionam lesão do tecido muscular e do tecido conjuntivo adjacente, provocando o escapamento de cálcio armazenado no retículo endoplasmático. O cálcio liberado ativa enzimas chamadas proteases, que degradam proteínas presentes no músculo. Além disso, o cálcio acumula-se nas mitocôndrias, inibindo a produção de ATP, uma molécula essencial em diversas reações biológicas. A degradação das proteínas musculares realizada pelas proteases gera um processo inflamatório, estimulando as terminações nervosas (receptores da dor), resultando na sensação de dor muscular.

Para evitar esse problema, o ideal é iniciar a musculação com um programa de treinamento físico gradual e com o aconselhamento de um profissional de Educação Física.

Luciane Pivetta


FONTE: Curiofisica.com.br

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