O que é?
Antigamente classificada entre as infecções bacterianas
da pele, a hidradenite é hoje considerada um processo inflamatório que
atinge as glândulas
sudoríparas apócrinas decorrente de uma predisposição pessoal e que pode ser agravado por infecção.
A obstrução
do ducto folicular parece ser o
fator gerador da doença e o uso de desodorantes
anti-transpirantes e a depilação são considerados fatores predisponentes
ou agravantes para o surgimento da doença, que atinge principalmente as
mulheres.
Manifestações clínicas da hidradenite
A doença ocorre nas axilas, regiões perianal e pubiana,
virilhas e mamas, locais onde são encontradas as glândulas
apócrinas.
Caracteriza-se por um nódulo avermelhado
e doloroso, semelhante a um furúnculo.
Pode ser pequeno e pouco inflamatório ou grande com muita
inflamação, vermelhidão e dor. A ruptura da
lesão deixa sair pus mas, nem sempre, isto é suficiente
para a sua regressão.
Podem ser uma ou várias lesões e atingir mais de um
local ao mesmo tempo. A evolução
varia, podendo ocorrer um único episódio ou se repetir ao
longo dos anos. Nestes casos, as diversas inflamações acabam deixando
cicatrizes fibrosas nos locais afetados
(foto abaixo).
Tratamento
Como a obstrução folicular pode estar associada
ao surgimento ou à agravação da hidradenite, deve-se evitar o uso de desodorantes
anti-transpirantes, depilação e raspagem excessiva dos pelos
com gilete. No caso das mulheres, deve-se apenas cortar os pelos
bem rente à pele.
O tratamento é feito com antibióticos
locais e sistêmicos. Nas lesões maiores, geralmente
muito dolorosas, pode ser feita a drenagem da lesão, facilitando
a saída da secreção e diminuindo a dor.
Quando a doença apresenta episódios de repetição,
pode ser realizado tratamento cirúrgico, com o esvaziamento
glandular, quando as glândulas sudoríparas da região
afetada são retiradas. O médico dermatologista
é o profissional qualificado para indicar o melhor tratamento
para cada caso.
Colaboração: Dr.
Roberto Barbosa Lima - Dermatologista
FONTE: Dermatologia.net
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