Sempre que ficamos em jejum prolongado
ou praticamos atividade física extenuante o consumo de energia pelo
organismo é contínuo e muitas vezes maior, como no segundo caso. Como
não há energia proveniente da alimentação em ambas as situações, uma via
alternativa para o organismo conseguir energia é a oxidação dos
aminoácidos presentes nos músculos. A glutamina é o aminoácido mais
abundante nessas estruturas: é, então, amplamente solicitada nessas
situações. Tanto que a indústria de suplementação explora bastante a
venda deste aminoácido que pode ser apresentado na forma de L-glutamina
ou glutamina livre (maioria dos suplementos) ou glutamina dipeptídeo,
alpha-cetoglutarato (AKG) e glutamina malato.
Se o objetivo do indivíduo for diminuir
catabolismo muscular a glutamina livre não é a melhor opção. A maior
parte da L-glutamina é destinada ao uso das próprias células
intestinais: apenas cerca de 20% atinge a corrente sanguínea e poderia,
então, ser utilizada com o fim de diminuição de catabolismo proteico.
Logo, a L-glutamina desempenha a importante função de reparação da
mucosa intestinal: diariamente essa parede se renova e, além de ácido
fólico, zinco, fosfatidilcolina, vitamina C,
complexo gama orizanol e tantos outros nutrientes, a glutamina
representa a principal fonte de energia para os enterócitos. Portanto, é
um importante nutriente envolvido na integridade intestinal. A
L-glutamina também está envolvida com a atividade imunitária: muitas das
células do intestino não são enterócitos mas sim, células do sistema de
defesa. Logo, este aminoácido é considerado um nutriente
imunomodulador.
Para fins de suplementação em nutrição
esportiva, as formas mais indicadas da glutamina são glutamina
dipeptídeo, AKG e malato, que são as mais difíceis de encontrar nos
suplementos. Esses tipos de glutamina conseguem ultrapassar a barreira
intestinal em quantidade significativa e, então, podem servir de energia
para o organismo, minimizando a oxidação de aminoácidos durante a
atividade física, ou seja, favorecendo preservação de massa muscular.
Independente da forma utilizada, a
glutamina é um nutriente essencial para o equilíbrio orgânico. Porém,
não deve ser utilizada de forma desregrada: o seu excesso pode favorecer
alterações no pH sanguíneo, constipação intestinal, além de comprometer
a absorção de outros aminoácidos. É importante lembrar que alimentos
de origem animal são fontes de glutamina e, portanto, em muitos casos
não há necessidade de suplementação.
FONTE: Sigasuadieta.com.br
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