As tendências da sociedade moderna e a evolução tecnológica
proporcionam mais conforto e comodidades para o ser humano. A tecnologia
facilita o dia-a-dia, porém diminui as exigências do movimento
corporal. Esta diminuição de atividade física traz consigo o aumento do
stress e do sedentarismo, principais inimigos de uma boa qualidade de
vida (Cobra, 2003). Segundo Santarém (2000 a), entende-se por boa
qualidade de vida a capacidade de conseguir realizar as atividades
desejadas, do ponto de vista homeostático e biomecânico, sem riscos para
o perfeito funcionamento do organismo humano. O desenvolvimento de
novos hábitos, com uma ênfase maior na prática de atividades físicas, é
um passo fundamental para a melhoria generalizada da saúde orgânica e,
consequentemente, da qualidade de vida. Assim sendo, exercícios diversos
tais como a caminhada, corrida, ciclismo, natação, hidroginástica,
musculação, entre outros, cada vez mais ganham a adesão de uma população
que busca o desenvolvimento do bem estar e da saúde física e mental.
Entre as atividades acima citadas a musculação recebe atualmente um
destaque todo especial, principalmente em decorrência da evolução
científica que apresentou nas últimas décadas com a publicação de
pesquisas e artigos sobre seus benefícios e segurança na prática
(Pontes, 2003). Conceitualmente, Bittencourt (1984) coloca esta
atividade física como sendo a utilização de exercícios contra
resistência que tem como áreas de aplicação o ambiente competitivo,
profilático, terapêutico, recreativo, estético e de preparação física.
Historicamente a musculação apresenta-se como uma das práticas
físicas mais antigas do mundo, já que existem relatos históricos datados
do início dos tempos que confirmam o exercício de ginástica com pesos. A
história mais conhecida data da época da Grécia Antiga, quando Milon de
Creton, cidadão grego, iniciou seu treinamento levantando um pequeno
bezerro nas costas. A medida que o bezerro ia crescendo provocava
sobrecarga ao organismo daquele que estava treinando, acarretando
adaptações orgânicas que permitiam ao mesmo suportar aquela nova carga
que lhe era imposta a cada dia. Acredita-se que este treinamento foi o
método originário do princípio da sobrecarga. Em períodos mais recentes
existem relatos de diversas contribuições que ajudaram historicamente no
desenvolvimento da musculação. Algumas destas contribuições são
destacadas por Bittencourt (1984), tais como: constatação da hipertrofia
de músculos treinados devido ao aumento do sarcoplasma das fibras
musculares, feita em 1897 por Morpurgo; constatação do aumento do
potencial e da velocidade de contração do músculo através do treinamento
com pesos, feita por Zorbas em 1951; comprovação da atuação do sistema
nervoso nos treinamentos de força, feita por Zimkim em 1965. Estas e
outras contribuições levaram a uma evolução científica da prática de
musculação, colocando-a como um dos principais meios de se atingir um
bom nível de aptidão física relacionada a saúde.
O presente artigo tem como objetivo principal analisar como a prática
regular da musculação pode favorecer o desenvolvimento de adaptações
fisiológicas que garantam ao praticante o pleno bem estar físico, mental
e social, permitindo-o desempenhar suas atividades diárias com um
máximo aproveitamento e eficiência, sem colocar em risco a integridade
física do organismo. Em outras palavras, objetivamos verificar como a
musculação pode auxiliar na boa qualidade de vida do ser humano que
pratica esta atividade. Para atingir tal objetivo, iremos dar ênfase nos
benefícios proporcionados por este exercício físico quando realizado de
forma correta, organizado de um modo que o praticante sinta prazer no
que está fazendo, adotando-o como um hábito de vida.
1. Benefícios proporcionados pela musculação recreativa
No ambiente recreativo a musculação objetiva a diversão em geral,
utilizando componentes lúdicos como elementos de atuação. Os principais
benefícios proporcionados pela musculação recreativa e que auxiliam na
melhoria da qualidade de vida dos praticantes são: diminuição da tensão
emocional (stress), aumento da interação social, maior dedicação ao
período de lazer e diminuição do sedentarismo.
Diminuição do stress:
Vários estudos já comprovaram que as preocupações do dia-a-dia
decorrentes da quantidade avassaladora de pressões e responsabilidades a
que o ser humano é submetido estão diretamente relacionadas com a
incidência de doenças ligadas ao sistema cardiovascular, tais como a
hipertensão arterial e as doenças coronarianas. Fisiologicamente isto é
explicado pelo aumento do grau de atuação do sistema nervoso simpático,
produzindo constricção dos vasos sangüíneos periféricos e
sobrecarregando a atividade cardíaca (Guyton, 1988). Por outro lado,
pesquisas recentes demonstram que as atividades recreativas em geral,
dentre as quais está a musculação recreativa, proporcionam diminuição do
stress, facilitando a atuação do coração e deixando o indivíduo com
menor probabilidade de adquirir doenças cardiovasculares. Esta
diminuição se deve basicamente ao maior relaxamento físico e mental e
também a melhoria do humor, provocadas pela recreação.
Aumento da interação social:
O isolamento social é um dos fatores que contribuem para os
comportamentos depressivo e degenerativo do ser humano. Neste ponto o
idoso merece uma atenção toda especial, já que a prática da musculação
recreativa representa um importante meio de convívio com outros
praticantes, aumentando a sua autoestima e renovando o seu ciclo de
amizades. Tudo isso lhe traz grande satisfação pessoal e uma melhoria
bastante significativa em sua qualidade de vida.
Maior dedicação ao tempo de lazer:
Segundo Camargo (1989) o tempo de lazer é o período que o ser humano
escolhe para a realização de atividades prazerosas, desinteressadas e
liberatórias de obrigações. Nos dias atuais este tempo está cada vez
mais diminuindo em virtude dos afazeres e responsabilidades inerentes a
realidade econômico-capitalista de hoje. Contudo, estudos recentes
demonstram que as mudanças de comportamento provocadas pela prática da
musculação recreativa tais como o maior relaxamento físico e mental,
melhoria da autoconfiança e autoestima, diminuição da ansiedade e
melhoria do entusiasmo e humor levam a uma maior dedicação de tempo
livre para o lazer, o que é apontado por Cobra (2003) como um fator
fundamental para a boa qualidade de vida.
Diminuição do sedentarismo:
Os níveis crescentes de sedentarismo observados na espécie humana
parecem desempenhar um papel importante para a perda de desempenho
orgânico. A grande maioria dos estudos realizados nesta área nos leva a
acreditar que a ausência de atividade física gera um número bastante
elevado de efeitos prejudiciais ao ser humano. Meller e Mellerowicz
(1987) apontam alguns destes efeitos, entre os quais podemos destacar a
atrofia muscular em virtude da inatividade, os vícios incorretos de
postura, o maior acúmulo de gordura corporal, a hipertensão arterial, a
diabetes e o envelhecimento físico precoce causado pela perda funcional
de alguns órgãos. Perante isto, podemos afirmar veementemente que a
qualidade de vida fica bastante comprometida em indivíduos de
comportamento sedentário. A prática da musculação no ambiente
recreativo, em virtude do seu componente lúdico, permite uma maior
sensação de prazer durante sua realização, auxiliando na transformação
do exercício físico em hábito e estilo de vida. O hábito se forma com a
prática regular e prazerosa, provocando modificações comportamentais que
levam à incorporação do movimento em substituição ao sedentarismo.
Deste modo, as alterações fisiológicas provocadas pela inatividade
física são anuladas e o indivíduo tende a apresentar uma melhoria
orgânica que lhe garante a saúde e o bem estar.
2. Benefícios proporcionados pela musculação estética
No ambiente estético a musculação objetiva modelar as formas do corpo
enfatizando um trabalho de aumento do volume muscular e de obtenção da
simetria corporal. tudo isso deve ser realizado dentro dos limites da
normalidade, respeitando todos os princípios do treinamento físico com
um destaque maior sobre o princípio da individualidade biológica
(Barbanti, 1990). Os principais benefícios proporcionados pela
musculação estética e que auxiliam na melhoria da qualidade de vida dos
praticantes são: aumento da massa corporal metabolicamente ativa e
melhoria da auto-imagem.
Aumento da massa corporal metabolicamente ativa:
Hoje em dia as academias recebem um grande número de novos alunos que
aparecem a procura de melhorias estéticas nas formas de seus corpos. O
objetivo principal, sem dúvida, é a hipertrofia muscular. Atualmente
sabe-se que este processo de hipertrofia ocorre pelo aumento
sarcoplasmático das células musculares, mais especificamente através da
maior atividade orgânica no sentido da síntese protéica. Coutinho (2001)
relata que a manutenção ou aumento da massa muscular representa também
um aumento na taxa metabólica basal, ou seja, quando o indivíduo
consegue provocar hipertrofia muscular pela prática de exercícios contra
resistência, provoca também o aumento da massa corporal metabolicamente
ativa, fazendo com que o seu gasto energético em repouso seja maior.
Este fato é de bastante importância para a melhoria da qualidade de vida
em pessoas que estão em processo de emagrecimento ou que estão em
processo de manutenção da massa corporal, já que atualmente se tem
conhecimento de que o indivíduo que emagrece perdendo músculo vai
diminuir o seu gasto metabólico basal e aumentar sua tendência para
engordar novamente, provocando o chamado “efeito ioiô” (idem). Portanto,
o aumento da massa muscular representa uma grande melhoria na qualidade
de vida, principalmente no que se refere a diminuição dos efeitos
provocados pela obesidade.
Melhoria da auto-imagem:
Na sociedade contemporânea atual existe uma excessiva preocupação com
o corpo. A estética e sua relação com a imagem corporal tornou-se alvo
de inúmeros estudos na área da psicologia durante os últimos anos. Os
resultados da grande maioria destes estudos apontam para a existência de
um binômio estética – relação interpessoal. Em linhas gerais, pode-se
dizer que as pessoas insatisfeitas com a sua imagem corporal apresentam
maiores dificuldades de relação interpessoal do que aquelas plenamente
satisfeitas com os seus corpos. Isto implica em dificuldades de
socialização e tendência ao isolamento, o que pode ocasionar futuramente
o aparecimento de comportamentos depressivos. A musculação estética
surge então como uma forma de modelagem corporal física do ser humano
que proporciona ao mesmo melhorias de auto-imagem, auto-conceito e
auto-confiança (Pontes, 2003).
3. Benefícios proporcionados pela musculação para populações especiais
A musculação para populações especiais é aquela que objetiva auxiliar
no tratamento de doenças humanas em relação aos aspectos profiláticos e
terapêuticos, melhorando assim a qualidade de vida das pessoas
submetidas a esta prática física. No presente estudo, iremos analisar os
benefícios proporcionados pela musculação nas seguintes populações:
pessoas com aterosclerose, hipertensão arterial, obesidade, diabetes
mellitus e osteoporose.
Musculação e aterosclerose:
Segundo Guyton (1988) a aterosclerose é definida como sendo uma
doença degenerativa das artérias que tem como causa principal o
desenvolvimento de depósitos gordurosos e fibróticos nas paredes
arteriais. O componente prejudicial ao organismo e causador primário
desta doença é o colesterol advindo das lipoproteínas de baixa densidade
(LDL) que estão circulando na corrente sangüínea. Estas lipoproteínas
são derivadas principalmente da digestão e absorção de gorduras
saturadas ingeridas na alimentação. Segundo Santarém (2000 b)
acredita-se que a prática da musculação seja capaz de estimular a
diminuição dos níveis de LDL sangüíneo ao mesmo tempo que estimula
também a produção de lipoproteínas de alta densidade (HDL), que retiram o
colesterol do sangue evitando o seu depósito nas artérias (Mion Jr.,
1994). Neste contexto podemos colocar a prática da musculação como sendo
uma atividade de caráter profilático em relação a aterosclerose.
Musculação e hipertensão arterial:
Segundo Funchal (2004) a hipertensão arterial é uma doença crônica,
não transmissível, de natureza multifatorial, assintomática (na grande
maioria dos casos) e degenerativa. Diz-se que ela é de natureza
multifatorial porque pode ser causada por vários fatores, entre os quais
destacam-se o estilo de vida, a obesidade, fatores hereditários,
fatores de stress e hábitos alimentares. Diz-se também que geralmente
ela é assintomática porque a grande maioria das pessoas não apresentam
sintomas que possam identificá-la, sendo portanto uma doença dita como
“silenciosa”. Por último, afirma-se também que ela é uma doença
degenerativa em virtude do fato de provocar o comprometimento do
coração, cérebro e rins. O trabalho de musculação com hipertensos deve
ser cuidadosamente controlado, sendo que as principais recomendações
expostas na literatura científica apontam para a não realização de
exercícios com Manobra de Valsalva, nem tampouco de exercícios
isométricos. A contra-indicação destes tipos de exercícios se deve aos
efeitos de aumento súbito e imediato da pressão arterial por eles
provocados, o que em pessoas com hipertensão podem gerar lesões e até
mesmo rompimento de vasos sangüíneos. A musculação traz benefícios para
este grupo quando é aplicada através de exercícios prolongados
utilizando cargas leves. O principal benefício é a diminuição da pressão
arterial em repouso, o que coloca a prática de exercícios contra
resistência como uma aliada no tratamento da hipertensão arterial e,
consequentemente, como um agente facilitador da boa qualidade de vida
(Santarém, 2000 b).
Musculação e obesidade:
Segundo Katch F., Katch V. e Mcardle (1998) a obesidade é definida
como o acúmulo excessivo de gordura corporal. Já Coutinho (2001),
baseado no índice de massa corporal (IMC), define a obesidade como sendo
a situação na qual o indivíduo apresenta IMC superior a 30 kg/m2.
Independente da definição, sabe-se que a obesidade talvez se constitua
na maior ameaça à qualidade de vida do ser humano. Isto é verdadeiro na
medida em que se constata que a obesidade está diretamente relacionada
como causa de várias outras doenças, tais como a hipertensão arterial,
diabetes mellitus, câncer, artrites, problemas cardiovasculares etc.
Como já foi explicado anteriormente neste mesmo artigo, a musculação com
fins hipertróficos contribui com o aumento da massa corporal
metabolicamente ativa, aumentando o gasto energético basal, favorecendo
ainda mais o emagrecimento. Já quando a musculação assume
características aeróbias (alto número de repetições com cargas
quantitativamente pequenas) proporciona a manutenção do baixo conteúdo
gorduroso total do corpo assim como também a redução do ritmo de acúmulo
das células adiposas (Fox, 2000). Portanto, percebemos que a musculação
pode assumir aspectos tanto preventivos quanto terapêuticos no que se
refere ao controle da obesidade.
Musculação e diabetes mellitus:
Fox (2000) conceitua a diabetes como sendo um distúrbio relacionado
com a incapacidade das membranas plasmáticas celulares captarem a
glicose para dentro das células. De acordo com este mesmo autor, existem
basicamente dois tipos de diabetes conhecidos: o tipo I, caracterizado
pela ausência da produção de insulina pelo pâncreas; e o tipo II,
caracterizado pelo aumento da resistência à ação da insulina nas
células. Segundo Santarém (2000 b) a musculação atua no aspecto
terapêutico da diabetes, pois a medida em que provoca um aumento da
massa muscular, gera também um aumento na quantidade de tecido captador
de glicose, que mesmo em repouso, auxilia no controle da glicemia. Os
exercícios resistidos realizados com Manobra de Valsalva e os exercícios
isométricos devem ser evitados, pois sabe-se que estes provocam
elevações excessivas da pressão arterial, e devido a fragilidade
vascular observada nos diabéticos, podem gerar lesões e rupturas de
vasos sangüíneos. A musculação realizada com cargas leves, em um tempo
total de treinamento que fique entre 20 e 60 minutos de duração por
sessão, é a mais recomendada para a melhoria na qualidade de vida dos
diabéticos (Fox, 2000).
Musculação e osteoporose:
A osteoporose é uma doença de caráter degenerativo cujas principais
características são a presença de uma massa óssea baixa e a deterioração
na arquitetura do tecido ósseo, resultando em maior fragilidade dos
ossos e, consequentemente, maior risco de deformações e fraturas (Katch
F., Katch V. e Mcardle, 1998). A principal causa da osteoporose é a
perda mineral óssea, ocasionada principalmente pelo processo de
envelhecimento e pela inatividade física. Segundo as recomendações do
Colégio Americano de Medicina Desportiva (ACSM), citadas por Katch F.,
Katch V. e Mcardle (1998), os exercícios selecionados para atuações
profiláticas e terapêuticas contra a osteoporose devem ser aqueles que
proporcionam o aprimoramento das valências físicas força e
flexibilidade. É neste ponto que a prática da musculação interfere com
maior intensidade, pois sabe-se que os exercícios contra resistência
atuam positivamente na melhoria da capacidade contrátil dos músculos
esqueléticos, assim como também geram efeitos positivos na elasticidade
muscular em decorrência da proliferação de tecido conjuntivo ocasionada
pela hipertrofia (Santarém, 2000 a). As melhorias em força e
flexibilidade são acompanhadas pelo aumento da densidade óssea mineral,
deixando o sistema esquelético mais forte e mais resistente a fraturas e
deformações. Desta forma a musculação pode ser considerada o mais
eficiente estímulo ambiental na prevenção e no tratamento da
osteoporose, melhorando significativamente a qualidade de vida de todas
as pessoas que são obrigadas a conviver com este tipo de problema.
Conclusões
Historicamente a musculação sempre foi uma atividade norteada por
mitos e idéias falsas, ficando muitas vezes reservada apenas para
atletas de levantamento de pesos e fisiculturistas. Atualmente, com os
diversos estudos científicos realizados, a musculação atravessa uma fase
evolutiva em sua história, sendo considerada como um importante meio de
obtenção de benefícios que proporcionam melhorias significativas na
qualidade de vida daqueles que a praticam.
O estudo bibliográfico que foi desenvolvido no presente texto teve
como principal objetivo a análise dos vários benefícios que a prática de
exercícios contra resistência podem provocar. Para que este objetivo
fosse atingido em sua plenitude, foi realizada uma extensa revisão de
literatura que apontou a prática da musculação como atividade atuante
nos meios recreativo, estético, profilático, terapêutico, competitivo e
de preparação física. Como o foco principal de nosso estudo foi sobre a
relação entre a musculação e a qualidade de vida, a sua atuação nos
meios competitivo e de preparação física não foi abordada, já que os
objetivos dos exercícios de musculação nestes ambientes visam
primariamente o rendimento atlético e não necessariamente a obtenção de
uma vida saudável.
No que se refere a prática da musculação no ambiente recreativo,
conclui-se que gera quatro importantes benefícios para a melhoria na
qualidade de vida dos praticantes. São eles: diminuição do stress,
aumento da interação social, maior dedicação ao tempo de lazer e
diminuição do sedentarismo. O principal elemento que deve ser observado
com a prática da musculação neste ambiente é a realização da atividade
física de forma prazerosa, tornando-a um verdadeiro hábito de vida.
No meio estético, concluímos que a musculação gera dois importantes
benefícios: o aumento da massa corporal metabolicamente ativa e a
melhoria da auto-imagem. Neste ambiente, o principal elemento que deve
ser observado com a prática da musculação é a modelagem do corpo,
respeitando a individualidade biológica de cada praticante. Com uma
imagem corporal mais bem delineada, o praticante sente-se mais
auto-confiante para o estabelecimento de relações interpessoais.
Por último destacamos a musculação em populações especiais, onde ela
atua como agente de auxílio profilático e terapêutico. Neste contexto,
concluímos que a prática da musculação traz importantes benefícios para
pessoas com problemas de aterosclerose, hipertensão arterial, obesidade,
diabetes e osteoporose. Aqui o principal elemento que deve ser
observado com a prática da musculação é a adequação que o profissional
de Educação Física deve realizar na hora de prescrever o exercício
perante as limitações inerentes a cada tipo de doença analisada.
Em razão de tudo isso que foi dito anteriormente, a conclusão final
de nosso estudo é que a prática da musculação, quando bem orientada,
proporciona importantes alterações fisiológicas no organismo, que nada
mais são do que benefícios físicos, mentais e sociais, os quais se
constituem como elementos fundamentais para a melhoria da qualidade de
vida do ser humano.
Referências bibliográficas:
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3) CAMARGO, Luiz O. Lima. O que é lazer. 2 ed. São Paulo: brasiliense, 1989.
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5) COUTINHO, Walmir. Enciclopédia do emagrecimento. São Paulo: goal, 2001.
6) FUNCHAL, M. Hipertensão arterial: manual técnico. São Paulo: racine, 2004.
7) FOX et al. Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6 ed. Rio de Janeiro: guanabara koogan, 2000.
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9) KATCH, Frank., KATCH, Víctor., MCARDLE, William. Fisiologia do
exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 4 ed. Rio de Janeiro:
guanabara koogan, 1998.
10) MELLER, W., MELLEROWICZ, H. Treinamento físico: bases e princípios fisiológicos. 2 ed. São Paulo: EPU, 1987.
11) MION JR., Décio. Pressão alta: orientações para vencer esse problema. São Paulo: tec art, 1994.
Allan José Silva da Costa
FONTE: Tribosjovens.com.br
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