Um estudo feito por investigadores da Universidade de Iowa, publicado na Cell Metabolism,
afirma que a camada de gordura na casca de maçã contém um composto com
um efeito anabólico. Este composto é chamado de ácido ursólico, mas
também é conhecido como Malol. Testes realizados em ratos
demonstraram uma redução da atrofia muscular, na medida em que este
composto causou um crescimento muscular e a perda de gordura.
O ácido ursólico também pode ser encontrado
noutros alimentos tais como o manjericão, mirtílos, amoras, alecrim,
orégãos, tomilho e ameixas. As ameixas secas têm a particularidade de
aumentarem também a concentração de IGF-1, segundo uma descoberta de
investigadores do departamento americano de agricultura em 2006 [*1].
Todavia, os investigadores não conseguiram encontrar nenhuma explicação
para esse efeito. A presença de ácido ursólico na ameixa seca pode
explicar este efeito especial.
As propriedades anabolizantes do ácido
ursólico foram descobertas pelos investigadores do Iowa, quando estes
examinavam a perda de células do tecido muscular. Foi possível
determinar os genes activos nas células durante o processo de atrofia
muscular. Posteriormente, os investigadores procuraram determinar quais
as substâncias que tinham precisamente o efeito oposto. A substância
mais promissora encontrada foi o ácido ursólico.
Os investigadores deram este composto aos
ratos em jejum e observaram que o ácido ursólico levou a uma redução no
processo de atrofia muscular. A experiência seguinte consistiu em dar a
quantidade de comida desejada pelos ratos. Um grupo recebeu ração normal
e o segundo grupo recebeu um ração que continha 0,27% de ácido
ursólico.
A imagem apresentada acima prova que apenas cinco semanas de Malol foram suficientes para causar um fortalecimento dos ratos e um crescimento do quadríceps. A actividade dos genes catabólicos MuRF-1 e atrogina-1 diminuiu nas células musculares. Em contrapartida, a actividade do gene do IGF-1 aumentou, assim como a concentração de IGF-1 no sangue.
As imagens que se seguem descrevem o efeito
de uma suplementação com doses crescentes de ácido ursólico no músculo e
na massa gorda, durante sete semanas. Nos estudos realizados em
animais, o ácido ursólico também reduziu a emissão das células de
gordura da leptina, a concentração de triglicéridos e colesterol, assim
como o nível de glicose. Todos estes efeitos são extremamente positivos.
Os investigadores consideram que o
principal alvo do ácido ursólico seja o receptor de IGF-1. Este fica
mais receptível e, como resultado, o IGF-1 presente no corpo, funciona melhor.
“Dada a
actual falta de terapias para a atrofia muscular, nós especulamos que o
ácido ursólico pode ser investigado como uma potencial terapia para a
doença e o envelhecimento com atrofia muscular“, concluem os investigadores. “Pode
ser útil como uma monoterapia ou em combinação com outras estratégias
que foram consideradas eficazes, tais como a inibição da miostatina. A
procura sistemática de derivados de ácido ursólico, que sejam mais
potentes e / ou eficaz pode também ser continuada.” [*2]
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