Emagrecimento Saudável - 45kg (Vinícius Vianna)


 


Desde garoto ele foi esportista. Treinava para os times de futebol da cidade, o que o ajudava na manutenção do peso. "Só não engordava graças ao esporte, mas confesso que a alimentação deixava a desejar. Comia muito e de tudo. Eu era o famoso 'cheinho' ", lembra, sorrindo, o estudante de administração. A obesidade só bateu à sua porta algum tempo depois, quando, aos 15 anos, se viu obrigado a morar sozinho. Com a separação dos pais, estava diante de uma outra realidade. "Lidar com a nova situação foi muito difícil. Entrei numa fase depressiva e acabei largando tudo. Não tinha mais ânimo para o futebol e, com as exageradas refeições, engordei rapidamente". Em dois anos, ele saltou dos 70 kg para os 119 kg.
O corpo adquiriu novos contornos e isso lhe trouxe vários transtornos. "Tive de me acostumar com os comentários das pessoas, que sempre me diziam: 'Nossa, cada vez que te vejo você está mais gordo'; 'O Vinícius não tem jeito, só engorda'. Ouvia tudo calado." Difícil também era enfrentar a estação mais quente do ano. "Morava a 15 minutos da praia e, sob um calor de 35 graus, evitava entrar no mar por vergonha de expor o corpo. Por três verões, a calça de moletom e uma jaqueta foram os substitutos invencíveis da sunga. Houve uma ocasião, no entanto, em que procurei uma praia deserta para me banhar. Era a garantia de que ninguém pudesse me ver", conta Vinícius. Esconder-se. Essa também foi a solução encontrada quando ele ganhou, em 2005, uma bicicleta. "Logo depois das primeiras voltas, os olhares de estranheza e as exclamações maldosas me fizeram desistir de pedalar e, durante um bom tempo, a magrela ficou ali, parada, na garagem de casa.

Dois anos depois, uma viagem, no entanto, o despertou. "Me dei conta que podia sair do sedentarismo quando estava a passeio na Argentina. Naquele país, era comum as pessoas se deslocarem a pé ou de bicicleta para o seu destino. Pensei: por que eu também não posso fazer isso? Voltei disposto a me 'mexer' mais".

Mudança radical
Além da consciência de que era preciso se exercitar, ele também sentiu a necessidade de mudar a alimentação. "Procurei uma nutricionista e incorporei uma rotina alimentar balanceada". Sua determinação o estimulou a tirar a bicicleta da garagem e ganhar as ruas de Tubarão: "Pedalava à noite, para me preservar. Percorria 9 km de segunda a sexta-feira". Seu esforço valeu a pena; em cinco meses ele eliminou 30 kg! O suficiente para que os olhares críticos fossem substituídos pelos de admiração. "Passei a ouvir o oposto do que eu escutava antes: 'O que você fez?'; 'Está diferente, mais magro!'. É claro que isso me motivou a prosseguir, mas confesso que tais frases não faziam tanta diferença naquele momento. Estava mudando por mim e não pelos outros. Atribuo minha conquista a esse tipo de pensamento", assegura.
Muito mais confiante e esnobando a balança com seus 73 kg, o rapaz pegou mesmo gosto pela bike. "Agora faço 40 km de trilhas todo fim de semana. Para ter um bom rendimento, me exercito duas horas e meia na academia, de segunda a sexta. Meu treinador é um grande aliado. Além do incentivo, ele sempre me dá altas dicas de alimentação".
E, por falar em cardápios, Vinícius adotou uma nova rotina alimentar. Descobriu, até mesmo, o prazer de consumir determinados alimentos. "No começo, encarar a salada era difícil; colocava apenas uma colher no canto do prato. Aos poucos, a quantidade foi aumentando. Hoje ela ocupa 80% do meu prato. É como se eu estivesse saboreando um hambúrguer", sorri. Sua alegria fica mais evidente quando ele fala sobre o que aprendeu com esse processo de perda de peso. "Hoje me relaciono melhor com a vida. Tenho plena consciência do meu corpo. Quando estava gordo, sentia que ele funcionava lentamente e agora é como se pedisse para se movimentar. Hoje ouço que sou um exemplo e isso me motiva a dizer que de nada adianta partir para o emagre- cimento, sem mudar a cabeça. É preciso 'emagrecê-la' antes de afinar o corpo."
Ao refletir sobre essas mudanças ele conclui: "As pessoas nos acolhem mais; isso sem dúvida é muito bom. Mas hoje eu sei que elas não se aproximavam de mim porque eu não me aceitava. Ou seja, se eu não o fazia por que então elas deveriam? É preciso se amar para ser amado. Na fase da obesidade, a insatisfação com o nosso corpo acaba transmitindo uma energia ne- gativa que afasta naturalmente aqueles que nos cercam. Tenho a consciência de que tudo o que vivenciei me fortaleceu. Percebi que sou capaz e posso alcançar todos os meus objetivos. A minha fé foi primordial nessa transformação".

Sobre uma bike, Vinícius Vianna, 21 anos, conseguiu não só perder os 44 kg extras como incorporou uma nova maneira de viver. Em Tubarão, SC, onde mora, percorre 40 km de trilhas todos os fins de semana. Aos poucos, a disciplina que teve com a alimentação e a decisão de riscar da sua vida o sedentarismo deram a ele a chave para esta conquista.





FONTE: Dietaja.uol.com.br






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