Lanche escolar: uma questão de amor



As férias escolares terminaram. As crianças deram adeus ao soninho prolongado e os pais enfrentarão um trânsito pior ainda. É o início de mais um ano letivo.
As mães desesperadas com o preço do material escolar, uniformes, taxas para isso, taxa para aquilo.
Além disso, outra preocupação (pelo menos para a minoria dos pais): o que meu filho vai lanchar na escola? O que devo mandar para o lanche do meu filho? Será que a escola vai oferecer algo mais saudável este ano?
Escola oferecendo lanche saudável? Fala sério!
As escolas (maioria) não estão nem aí para a alimentação dos números.
Números? E desde quando os números comem, professor? Tá maluco?
Desde o dia em que você matriculou o seu filho numa escola. Quando você faz isso o seu filho vira um número. A escola está mais preocupada com outros números.
Portanto, maluco é quem matricula o filho numa escola e não acompanha a alimentação dele.
Na verdade, na escola, dificilmente o seu filho não se alimenta. Mas, come! Come porcarias, “Junk-food”, comida lixo.
Fritura, biscoito (repleto de gordura hidrogenada e gordura trans), salgadinho de milho, pipoca, hambúrguer, bebida achocolatada (também rica em gordura hidrogenada e açúcar), presunto, salsicha, suco industrializado, refrigerante, chocolate, “alimentos” lotados de corantes e aditivos químicos como bala, sorvete, alguns tipos de iogurte e por aí vai.
Obesidade
Enquanto isso, segundo o IBGE, em 2008, o excesso de peso atingia 33,5% das crianças de cinco a nove anos. Na faixa dos adolescentes o excesso de peso atingia 21,5%. Tanto para adolescentes quanto para crianças a obesidade é mais frequente em áreas urbanas.
Exemplo dos pais
Um dos principais fatores que leva uma criança ou adolescente a não ter uma alimentação saudável é o péssimo exemplo dos pais. Grande parte dos pais não se alimenta de forma saudável.
As geladeiras e despensas são repletas de alimentos industrializados e de consumo rápido: enlatados, congelados e alimentos instantâneos.
Os pais, talvez pela correria, dão para os filhos o que é mais prático e mais rápido de preparar. O que não se justifica, pois, são justamente esses alimentos que prejudicam a saúde da criança.
Os alimentos industrializados são repletos de sódio, de açúcar refinado, de gorduras maléficas, de aditivos químicos alergênicos e até as embalagens são nocivas.
Depois que uma criança adquire o hábito de se alimentar mal, dificilmente isso mudará no futuro.
Como diz o ditado: “você é o que você come”. A saúde do seu filho é de sua total responsabilidade.
O problema é que os pais aceitam facilmente o apelo das propagandas mentirosas da indústria alimentícia. Propagandas que estimulam os nossos filhos a nos pedir e implorar pelo que é ruim para eles.
A propaganda na televisão é violenta. Tudo é gostoso, saudável, colorido, vitaminado e cheios de bonequinhos da moda.
Sempre nos comerciais de alimentos infantis as crianças e os pais estão sorrindo, felizes. O marketing dessas empresas é desumano.
Temos que “ser pais dos nossos filhos” antes que essas empresas os adotem.
Por isso, eu aconselho que os pais consultem um excelente nutricionista e encontrem soluções para alimentar seu filho mesmo diante de todas essas questões. Existe solução.
Precisamos apenas dedicar mais tempo aos nossos filhos e, sempre que possível, boicotar essas empresas.
O primeiro item que você deve colocar na lancheira do seu filho é amor. Ame o seu filho e dê a ele um futuro saudável.

Cláudio Lima é engenheiro de Alimentos do Instituto CENTEC. Especialista em Alimentos e Saúde Pública e Msc em Tecnologia de Alimentos. Apresentador do quadro semanal Inspetor Saúde da Tv jangadeiro. inspetorsaude@gmail.com
Para saber mais: www.professorclaudiolima.blogspot.com


FONTE:  Oestadoce.com.br

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